quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Dor do Feto

O maior ato criativo de um ser humano é a concepção e o nascimento de um filho.

Precisamos provar que sentimos dor para termos direito à vida? Imaginem, meus irmãos adultos, a situação das crianças em estado de feto!

Antes, éramos apenas alguém que comia, bebia e dormia. Só!

Recentemente, estão descobrindo que, a partir de certa idade, podemos sentir dor! Que dor, não? Sem ela, feto é nada!!! Podemos ser exterminados, desprezados, tudo...

Não é estranho que nosso direito de viver seja avaliado pela nossa capacidade de sentir dor? Não é profundamente doloroso? Curioso é que, quando nos tornamos adultos, ninguém quer sentir dor. Os analgésicos que o digam. Se passamos por um processo cirúrgico, somos anestesiados, ficamos imunes à dor. Será que, nesse momento, deixamos de ter direito à vida?

Nunca pensei que a dor fosse mais importante que a vida. Certamente, Deus não pensa assim. Que critério maluco para valorizar a vida! Será que é por isso que, ao se tornarem adultos, os homens criam vários tipos de dor? Será? Mas, antes de dor, os fetos querem falar de vida. Nos primeiros dias de vida, a mamãe já sente nossas necessidades. Duvidam? Sua primeira ordem: "Abaixo menstruação! Preciso economizar energia! ". No 25° dia tenho um coração. Vocês não acham que o coração é mais importante que a dor? Mãe que ouve o coração do filho sabe que ele está vivo. Não importa sua idade. Com 30 dias, minha forma humana começa a ficar mais clara. Que bom! Percebam que tudo está determinado! É só uma questão de tempo... É como as plantas. Será que a semente recém‑germinada se transforma repentinamente na grande árvore? Claro que não! Criança feto também é assim.

Agora pensem: será que um agricultor destrói o minúsculo pezinho de laranja argumentando que ele não traz em sua essência a grande laranjeira do futuro? Bem, em se tratando de fetos humanos, corremos sempre esse risco. Dizem: "É um tiquinho de carrne, minúsculo, que nem sente dor! Tanto faz viver ou morrer". Estranho, não? Preciso dizer que cresço a todo instante. Isto é o máximo! Curioso é que não precíso sentir dor para crescer. Tum ... Tum ... Tum... Meu coração bate mesmo! Não faço nenhum esforço para existir. Mas existo! O homem pensa que cria a vida, mas não cria. Estou no terceiro mês de vida. Deram‑me o nome de feto. Mas, prefiro ser chamado criança feto. Sou menino! Posso afirmar com certeza. Posso engolir. Que legal! Sinto o gosto dos alimentos.Também posso chutar. Não se preocupe, nosso chute não é de violência. É vida, muita vida! É a forma que temos de brincar com mamãe e papai. É, feto também se vira. Agora um desabafo maior: os cientistas estão na maior polêmica. Indagam e discordam entre si, argumentando: "Feto sente dor a partir de tal idade!", "Não, dizem outros, é a partir de tal". Tudo por causa desse bendito córtex cerebral. Parece que só existe ele! Esquecem que, antes de sentir dor, feto pode sentir amor. Nosso coração já está pronto. Antes de registrar a dor, nós optamos pelo amor. Abaixo a dor! Viva o amor! Criança feto é amor! Mamãe, papai, pessoal adulto, repitam conosco: Feto não é dor, feto é amor! Feto não é dor, feto é amor! Deixe fluir o amor que se aloja dentro de si.
- Seicho-no-ie -

Texto encontrado em um consultório médico.

Um comentário:

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”
(Antoine de Saint-Exupery).

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
(Voltaire)

"Agradecer o bem que recebemos é retribuir um pouco do bem que nos foi feito".
(Augusto Branco)...

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