terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mito da Caverna de Platão

Mito da caverna - Conta conceitualmente o que os homens teriam dificuldades para entenderem

O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.

A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades.

Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).

Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.

Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Ideia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).

Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.

~ João Francisco P. Cabral ~

Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Colaborador Brasil Escola
Fonte:

O Mito da Caverna em Quadrinhos

O MITO DA CAVERNA / PLATÃO (VERSÃO EM QUADRINHOS POR MAURICIO DE SOUZA)

Platão acreditava que este mundo em que vivemos não passa de

uma cópia imperfeita de um outro mundo perfeito que ele chamava 

de mundo das idéias. Aqui no mundo das aparências 

permanecemos presos às ilusões, às imagens, às opiniões, às falsas 

promessas, portanto, a tudo que aprisiona o indivíduo no erro. 

Através do mito da caverna ele ressalta o papel da filosofia de 

libertar o ser humano desses grilhões que o aprisionam, trazendo-o 

para a luz da verdade. Para Platão, o conhecimento da verdade 

proporcionado pela filosofia nos transporta do mundo das 

aparências para o mundo das idéias; da caverna para a liberdade; da

alienação para a consciência; da morte para a vida.

Uma perspectiva que o mito da caverna dá é que a todo tempo estamos em uma caverna, ou seja, estamos na escuridão que é a ignorância, pois nunca sabemos tudo o que queremos. Por exemplo, quando temos que ler um livro, mas ainda não o lemos, sabemos que nele há um conhecimento, a luz do sol pode assim ser interpretada, entretanto, ainda não foi-nos desvendado aquele conhecimento porque ainda não saímos da caverna, ainda não aprendemos o que ele tem a ensinar. Contar, aquilo que aprendemos deste livro seria voltar a caverna e tentar libertar os que estão ali. Isto vale para qualquer conhecimento que queiramos ter. Pode também ser nossa vida acadêmica; graduação, mestrado, doutorado.... sempre entrando e saindo de uma caverna...
Isto é apenas uma perspectiva de interpretação. Há uma outra dica, os bons e atenciosos professores de filosofia preferem dizer alegoria da caverna, pois o termo mito é muitas vezes compreendido erroneamente.











Bom Dia!!!


Bom dia a todos que acabaram de acordar! 
Desejo-lhe um bom dia!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


✿ °•.¸
Um livro é um portal mágico para outra dimensão.

"Um quarto sem livros é como um corpo sem alma."
Você concorda?

✿ °•.¸¸.•°♡⊱╮╮Si Arian


Boa Noite!!!

 

Dizer adeus ao sol, não significa deixar as esperanças na escuridão... Pois para cada uma delas tem uma estrelinha, lá em cima, que nos olha e diz: vai dar tudo certo... Amanhã a luz clareia de novo o caminho... Agora, é hora de descansar!... E o "anjo" insiste:
"- Tenha fé... Tudo vai dar certo!"

A Voz do Silêncio


"Pior do que uma voz que cala, é um silêncio que fala!"

Simples, rápido! E quanta força!

Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis pois, você sabe, o silêncio não é dado a amenidades. Um telefone mudo. Um e-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca. Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.

Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão. O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim. É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.

Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo. Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado. Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: "Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!" É o silêncio de um mandando más notícias para o desespero do outro.

É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo. Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo. Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente. Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho. Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.

O único silêncio que perturba é aquele que fala. E fala alto. É quando ninguém bate à nossa porta, não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim você entende a mensagem.

~ Martha Medeiros ~

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Grandeza do Mar


Você sabe por quê o mar é tão grande Tão imenso Tão poderoso É porque teve a humildade de colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande.
Se quisesse ser o primeiro. centímetros acima de todos os rios, não seria mar, mas sim uma ilha. Toda sua água iria para os outros e estaria isolado.

A perda faz parte.
A queda faz parte.
A morte faz parte.

É impossível vivermos satisfatoriamente. 
Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber viver.

Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará.
Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, errar e perder. E isto você já sabe.

Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade
o ganho e a perda…
o acerto e o erro…
o triunfo e a queda….
a vida e a morte.
 

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