quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eu Queria Ser Um Anjo

Eu queria ser um anjo!
Ser o anjo que vela, o anjo que guarda, o anjo que protege...
Quebrar todas as barreiras e ser apenas um anjo.
Mas não é permitido a um anjo amar uma única pessoa;
Seu amor não pode ser exclusivo;
Seu amor deve ser extensivo...
Não é permitido a um anjo chorar por todas as pessoas;
Seu pranto é exclusivo.
Que anjo eu posso ser?
Que amor eu poderei dar?
Que olhos irão me ver?
A quem eu irei amar?
Eu queria tanto ser um anjo!
Ter a bondade nas faces, a sabedoria no olhar;

Saber sorrir, saber confortar.
Saber entender aos aflitos, saber ensinar;
Ir ao encontro de todos...
Um anjo qualquer!
Um anjo comum!
Atender as preces dos necessitados;
Atender a procura de afeto de uma criança;
Um anjo que aprende com a dor;
Um anjo que aprende com o amor...
Beijar a face daquele que suplica;
E serenar a raiva do inimigo cruel.
Por fim, eu queria ser um anjo...
E poder quebrar todas as regras celestiais;
Sentir o amor único e exclusivo;
E chorar por todos os demais...

"Eu queria somente ser um anjo!"

Fonte: http://www.mensagensangels.com.br


Prece de Cáritas

Psicografada na noite de 25 de dezembro de 1873 pela médium Madame W. Krill, Ditado pelo Espírito Cáritas, num círculo espírita de Bordeaux, França.

Deus nosso Pai, Vós que Sois todo poder e bondade.
Dai a força àquele que passa pela provação.
Dai a luz àquele que procura à verdade.
Ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

DEUS,
Dai ao viajor a estrela guia,
Ao aflito a consolação,
Ao doente o repouso.

PAI,
Dai ao culpado o arrependimento,
Ao espírito a verdade, A criança o guia
Ao órfão o pai

SENHOR,
Que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade Senhor para aqueles que não Vos conhecem,
A esperança para aqueles que sofrem.

Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores
Derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.

DEUS,
um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra.
Deixai-nos beber nas fontes esta bondade fecunda e infinita
e todas as lágrimas secaram, todas as dores acalmar-se-ão.

Uma só oração, um só pensamento subirá até Vos,
como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha
nos Vos esperamos com os braços abertos
Oh bondade ! Oh beleza ! Oh perfeição !
E queremos de alguma sorte alcançar Vossa misericórdia.

DEUS,
Dai-nos a força de ajudar o progresso
a fim de subirmos até Vos.
Dai-nos a caridade pura.
Dai-nos a fé e a razão.
Dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas...
um espelho onde se refletirá a Vossa Santa e Misericordiosa imagem.

Sobre Cáritas

A prece de Cáritas é divina, mas, sua denominação e sua origem são pouco conhecidas. “Chamo-me Caridade, sou o caminho principal que conduz a Deus; segui-me eu sou a meta a que vós todos deveis visar”. O que se apregoa nos meios religiosos e principalmente no movimento espírita é que Cáritas é um espírito que se comunicava através das faculdades de uma das grandes médiuns, Madame W. Krell, em Bordeux, na França. Cáritas esteve encarnada na época do Imperador Diocleciano ano de 244, na figura de Irene que foi martirizada em Roma no ano de 305. Canonizada por sua religião, veio a ser conhecida como Santa Irene, ela foi convertida ao Cristianismo e com cristã sofreu perseguição, foi acusada de possuir “livros proibidos” e foi condenada a fogueira. No Evangelho Segundo Espiritismo e na Revista espírita existem várias mensagens de Cáritas editada por Allan Kardec. A prece “Cáritas” foi psicografada pela Madame W. Krell, na véspera de um Natal de dezembro de 1873, portanto, há 137 anos. Madame Krell, esquecida no presente pode ser considerada um dos maiores médiuns psicográficos da história do Espiritismo.
(Baseado no texto de Antonio Paiva Rodrigues, publicado no Portal do espírito. org.)

“O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos será concedido.”
(São Marcos, cap. XI, v.24)

A prece é uma invocação; por ela um ser se coloca em comunicação mental com outro ser ao qual se dirige. Ela pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. Pode-se orar por si mesmo ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução das suas vontades; aquelas que são dirigidas aos Bons Espíritos são levadas a Deus. Quando se ora a outros seres, senão a Deus, é apenas na qualidade de intermediários, intercessores, porque nada se pode fazer sem a vontade de Deus.
(KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 231-232)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Caixa de Pandora


"Conta a mitologia grega que, no início da Criação, o Titã Prometeu foi designado pelos deuses para organizar a matéria em confusão, dando origem à natureza e às demais formas de vida animal.
Depois de organizar a Terra, o ar e as águas, fez o homem. E porque os homens se sentissem muito sós, com a ajuda dos demais deuses, criou a mulher.
Casou-se com a primeira linda mulher que criou, a quem chamou Pandora.
Disse à sua esposa que tudo o que existia em seu reino pertencia a ela também, e que ela poderia usufruir de tudo, mas não poderia tocar numa caixa que ele guardava num dos cantos do quarto.
Dizer a Pandora que não a tocasse, foi o suficiente para lhe despertar a curiosidade. No primeiro momento em que ela se viu só, na enorme mansão, buscou a caixa e a abriu...”

Assim que li esse texto sobre a Caixa de Pandora, logo me veio à mente: e a minha Caixa, como ela se encontra?... Também estava num canto do meu pequeno mundo... Do meu refúgio de solidão e paz... Naquele meu abrigo, no sótão...

Subi a escada bem devagar, degrau por degrau... Estava sem pressa de chegar, pois esse local é visitado por mim poucas vezes... Lá guardei as minhas lembranças, recordações, reflexo do passado.

Abri a porta devagar, olhei atenta a tudo que lá existe e, num dos cantos escondido encontrei o meu velho e amigo baú. Estava empoeirado, já há muito tempo que não remexo nele!

Assim que levantei a tampa do baú, ele se abriu em vários níveis, internamente parece ser maior que o exterior... Em cada nível que ia remexendo, saíam de sua intimidade todas as minhas recordações... Muito variadas por sinal.
Neste baú se encontram as minhas fotos preferidas, pois são imagens de grandes momentos de minha existência, nelas contém fotos da minha infância, fotos de escola, dos amigos que hoje não possuo contato, mas que estão guardadas lá no fundo desse baú... Nelas contém os sorrisos gravados e em algumas percebi certa tristeza em alguns olhares. Estranho!... Só percebi isso hoje, no momento em que foram tiradas as fotos não tinha reparado. Tentei imaginar porque daqueles olhares tristes, não soube explicar! Mas na maioria continha sorrisos... E esses eu soube explicar alegria do momento contida naquele pedaço de papel, amarelado por sinal.

Existem também as fotos dos momentos de noivado, casamento, nascimento dos filhos, dos fins de semanas com os amigos... São tantas fotos, mas todas refletem valor inestimável.

Fui olhando uma a uma, em algumas senti a mesma emoção do momento em que o flash foi disparado, outras não tive a mesma sensação...

Percebi que nessa caixa havia partes de mim, emoções contidas, lembranças jamais esquecidas, objetos que guardei com muito zelo para serem revistos. O meu eu contido ali, naquele pequeno baú.

Encontrei o meu disco de vinil preferido, pois nele constam as minhas músicas favoritas... Sorri... Músicas que trazem a mente momentos de alegrias, tristezas, ilusões, desamores e amores guardados... Jamais esquecidos...

Em outro nível encontrei presentes recebidos de pessoas que passaram pelo ciclo de minha existência... Não pensem vocês que eram presentes de grande valor monetário, não, eram presentes que ao momento que é visto parecem aos olhos alheios insignificantes... Perante aos meus olhos, o valor é inestimável... É uma pétala de uma flor desidratada, essa folha ressecada fez parte de um momento inesquecível... Lá continham um anel sem o brilho do momento recebido de uma pessoa querida... Ri com o que encontrei logo após... Medalhas recebidas por uma pessoa, por merecimento em esportes físicos, medalhas de ouro, prata e até cobre. Essa pessoa me ofertou esses objetos em forma de carinho, mostrando o quanto era ágil, versátil naquelas modalidades... Logo pensei, porque será que me foi dado todas essas medalhas? Deduzi, deve de ser porque hoje a pessoa está impossibilitada de praticar tais atos, e me deu como uma forma de carinho e gratidão daqueles momentos importantes em sua vida... Momentos de muita alegria.

No nível seguinte, encontrei cartas recebidas de um amor eterno... Não precisava abrir, pois sabia o que continha em suas linhas, rabiscadas com a emoção e sentimento do momento... Sentimentos presos ali, naquelas folhas amareladas com o passar do tempo. Alguns envelopes eram bem recheados de páginas e páginas escritas com palavras ditas naquele momento, outros finos, guardavam muitas palavras que ficaram por dizer, mas que estavam nas entrelinhas. Guardei com cuidado e carinho que elas mereciam.

Em outro nível, encontrei duas camisetas amareladas pelo tempo... Em uma das camisetas, a mais antiga estava estampada a foto do meu filho mais velho, na outra estava estampada os pezinhos da minha filha com a seguinte frase: "Nestes meus pequenos passos, te seguirei para toda a vida!" Continha também desenhos deles, rabiscos coloridos da fase de jardim... Pré... Não pude conter as lágrimas, essas teimavam em cair... Mas eram de emoção de um passado não muito distante, aos poucos elas cessaram e eu quando me dei por conta estava a sorrir.

Encontrei também a minha primeira boneca... Estava toda descabelada, mas aos meus olhos continua a mesma doce lembrança de uma infância...

Num nível mais abaixo, todo empoeirado, encontrei algo que estava bem escondido no fundo... Já tinha aberto algumas vezes esse meu baú, mas nunca a tinha visto... Sem me dar conta das outras vezes de que ela estava lá... Hoje me dei conta de que no fundo estava guardada a esperança!

No entanto, ainda resta para mim a esperança... Esperança de algum outro dia, não sei prever quando, poder rever, recordar, reviver, arrebatar tudo isso novamente... Ficar extasiada, após toda essa nostalgia ressurgida de dentro d’alma de uma idade passada contida nesse meu velho baú... Como na velha caixa de pandora...

Fui fechando o meu velho baú bem devagar, fechando nível por nível. E em cada nível que fechava, pareceu-me o baú a me falar, afirmando para quem O quisesse ouvir:

"Eu estou aqui... Nunca estareis a sós."

By Si Arian

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Meu Refúgio de Paz


Escolhi esse local como meu refúgio de paz, um canto de harmonia, um abrigo localizado no sótão - uma casa antiga. Com direito a janela que dá para o jardim e clima de total aconchego com os tons branco e verde do mar ao fundo, uma obra de arte. Assim é o meu quarto... Um sótão que foi transformado em um lugar íntimo e tranqüilo!

Aqui, faço desse local o meu refúgio e prisão... O meu cantinho de silêncio... Aqui me escondo e, é onde me abrigo, na calma desse refúgio, aqui dentro, vivo o tempo numa forma diferente. Um lugar onde mantenho o pensamento fértil de sonhos...

Às vezes fico aqui... Sozinha no escuro e com medo de tantas coisas, inclusive dos próprios olhos que não fecham.

Hoje, aqui nesse meu refúgio e prisão, trago nessas palavras a beleza de minha vida, rabiscos que encho a folha branca, vazia, encho essas páginas rabiscadas de amores, de ilusões, de dissabores, de oceanos, de luares, de sonhos…

Mancho as letras com as lágrimas da realidade, rasgo as folhas de papel e choro… A palavras surgem com as lágrimas que caem dos olhos… As frases transformam-se em nó e enrolam-se na garganta… A angústia às vezes chega a ser inquietante… E estas palavras surgem do coração, fazendo-se nascer no peito…

Olho para a imensidão do mar através da janela desse refúgio e vejo pássaros ao longe a voar desalinhados, avisando que uma embarcação está a chegar no porto da solidão…

Olho para a fonte da saudade e vejo somente lágrimas a jorrarem na esperança de encontrar um abraço, um beijo quente… Que não vem com a brisa do mar ou com o vento que acaricia as folhas das árvores e flores do meu jardim…

Aqui, neste refúgio de paz, onde me escondo, neste silêncio tranqüilo, neste conforto suave, vejo passar outros corpos, sinto outras almas, aprendo-lhes os sentidos e absorvo-lhes a intimidade. Descubro em todas elas pedaços de mim, mas, apenas em algumas me descubro. E nesse ser que me descubro, encontro você. Este ser que parece irreal, esse marujo que desembarcou nas areias branca desse mar!
Neste local, que ás vezes se torna ensolaradas como as manhãs de primavera ou cinzento como as manhãs de outono... Um dia te encontrei quando nossos olhares se cruzaram, vi, no teu olhar, a outra parte de mim. No meu olhar cinzento, descobri um dia, um grande pedaço de mim... Descobri-me num todo, completo... Estendes-te a mão e me agarrou em seus braços. E eu sem reação, deixei-me envolver... Fui ao seu encontro, ao encontro do seu corpo, livre de medos e receios.

Você reavivou em mim emoções que eu queria manter abafadas e, escondidas... Mas foi exatamente nesse momento que voltei a sonhar... Sou tua, e a vontade de te ter sempre por perto é maior do que eu possa resistir

Em seus braços encontro meu Refúgio... Encontro a Paz... Esqueço o mundo lá fora!

A sua voz parece o murmúrio do vento... O seu olhar parece estrelas... O seu toque parece raios da lua que ilumina o meu corpo... O seu corpo é meu abrigo, eterno refúgio de aconchego.

Neste momento mágico de eternos amantes, só existe você e eu... A lua e as estrelas são nossas testemunhas, cúmplices deste momento!

O seu amor me completa... Você é a minha outra metade. Vem todos os dia e noites, vem como a primavera florescer em mim, iluminado tal qual o amanhecer de um lindo dia de verão...

Quero estar sempre ao seu lado neste meu refúgio, sonhando acordada, me entregando de corpo e alma até o nascer de uma nova manhã e ao entardecer de uma noite.

Todas as noites vou me refugiar nesse lugar mágico... E sonhar que isto não é um sonho... No meu refúgio de paz

By Si Arian
 

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