quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Fogo da Amizade




Era uma vez um homem pobre mas corajoso que se chamava Ali. Trabalhava para Ammar, um velho e rico comerciante.

Certa noite de inverno, disse Ammar: “ninguém pode passar uma noite assim no alto da montanha, sem cobertor e sem comida. Mas você precisa de dinheiro, e se conseguir fazer isso, receberá uma grande recompensa. Se não conseguir, trabalhará de graça por trinta dias”.

Ali respondeu: “amanhã cumprirei esta prova”.

Mas ao sair da loja, viu que realmente soprava um vento gelado, ficou com medo, e resolveu perguntar ao seu melhor amigo, Aydi, se não era uma loucura fazer esta aposta.

Depois de refletir um pouco, Aydi respondeu: “vou lhe ajudar. Amanhã, quando estiver no alto da montanha, olhe adiante. Eu estarei também no alto da montanha vizinha, passarei a noite inteira com uma fogueira acesa para voce. Olhe para o fogo, pense em nossa amizade, e isso o manterá aquecido. Você vai conseguir, e depois eu lhe peço algo em troca.”

Ali venceu a prova, pegou o dinheiro, e foi até a casa do amigo: “ você me disse que queria um pagamento.”

Aydi respondeu: ”sim, mas não é em dinheiro. Prometa que, se em algum momento o vento frio passar por minha vida, acenderá para mim o fogo da amizade.”

~ Paulo Coelho ~

Sou suspeita em falar, pois adoro este escritor e este texto de Paulo Coelho, está presente em seu blog http://paulocoelhoblog.com/2011/08/27/amistad/, contendo um pouco de seu livro "Aleph", com uma singela mensagem sobre o poder de uma amizade - muito em falta ultimamente.
Este texto eu roubartilhei do facebook da minha cumadiii Sandra, te amo minha linda!!!

Ilustração:

*Friendship Small - Ken Crane.

Deixo aqui a Sinopse do livro, caso alguém deseja saber um pouco mais sobre o mesmo.



Sinopse do Livro

Abençoa e será abençoado. “Quando tinha 22 anos, comecei a me dedicar ao aprendizado da magia. Passei por diversos caminhos, andei à beira do abismo, escorreguei e caí, desisti e voltei. Imaginava que, quando chegasse aos 59 anos, estaria perto do paraíso e da tranquilidade absoluta que penso ver nos sorrisos dos monges budistas. Mas a busca da paz tem seu preço, e me pergunto: até onde estou disposto a chegar?” - Paulo Coelho

O Aleph marca a volta de Paulo Coelho às origens. Num relato pessoal franco e surpreendente, ele revela como uma grave crise de fé o levou a sair à procura de um caminho de renovação e crescimento espiritual.

Para se reaproximar de Deus, o mago resolve começar tudo de novo: viajar, experimentar, se reconectar às pessoas e ao mundo. E assim, entre março e julho de 2006, guiado por sinais, visita três continentes – Europa, África e Ásia –, lançando-se em uma jornada através do tempo e do espaço, do passado e do presente, em busca de si mesmo.

Ao longo da viagem, Paulo vai, pouco a pouco, saindo do seu isolamento, se despindo do ego e do orgulho e se abrindo à amizade, ao amor, à fé e ao perdão, sem medo de enfrentar os desafios inerentes à vida.

Da mesma maneira que o pastor Santiago em O alquimista, o escritor descobre que é preciso ir para longe a fim de compreender o que está perto. A peregrinação o faz se sentir vivo novamente, capaz de enxergar o mundo com olhos de criança e de encontrar Deus nos pequenos gestos cotidianos.


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Soprando Ao Vento...



Quantas estradas um homem precisará andar
Antes que possam chamá-lo de homem?
Quantos mares uma pomba branca precisará sobrevoar
Antes que ela possa dormir na areia?
Sim, e quantas balas de canhão precisarão voar
Até serem para sempre banidas?

A resposta, meu amigo, está soprando ao vento
A resposta está soprando ao vento

Sim, e quantos anos uma montanha pode existir
Antes que ela seja dissolvida pelo mar?
Sim, e quantos anos algumas pessoas podem existir
Até que sejam permitidas a serem livres?
Sim, e quantas vezes um homem pode virar sua cabeça
E fingir que ele simplesmente não vê?

A resposta, meu amigo, está soprando ao vento
A resposta está soprando ao vento

Sim, e quantas vezes um homem precisará olhar para cima
Antes que ele possa ver o céu?
Sim, e quantas orelhas um homem precisará ter
Antes que ele possa ouvir as pessoas chorar?
Sim, e quantas mortes ele causará até saber
Que pessoas demais morreram

A resposta, meu amigo, está soprando ao vento
A resposta está soprando ao vento?
~ Bob Dylan ~



terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Que é, o Que é?



Eu fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida! É bonita e é bonita!
Viver e não ter a vergonha de ser feliz,
Cantar, 
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será,
Mas isso não impede que eu repita:
É bonita, é bonita e é bonita!
E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?
Ela é a batida de um coração?
Ela é uma doce ilusão?
Mas e a vida? Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é, meu irmão?
Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo,
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo,
Há quem fale que é um divino mistério profundo,
É o sopro do criador numa atitude repleta de amor.
Você diz que é luta e prazer,
Ele diz que a vida é viver,
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é, e o verbo é sofrer.
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé,
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser,
Sempre desejada por mais que esteja errada,
Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,
E a pergunta roda, e a cabeça agita.
Fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida! É bonita e é bonita!
É a vida! É bonita e é bonita!

~ Gonzaguinha ~


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Roupas no Armário...


Hoje acordei de repente, 
e quando olhei pro seu lado
Me senti tão carente...
Fugindo dos meus sentimentos
Tentei esquecer bons momentos
quis dormir novamente
Não é tão fácil assim, 
seu cheiro ainda está em mim
Tentando não entrar em desespero
Fecho os olhos e imagino que você ainda está aqui...

Roupas no armário, ainda ficaram
Alimentando a esperança que um dia
Você volte pra buscar...
A taça de vinho, que seus lábios marcaram
É a prova maior de dois corpos
que um dia se amaram...

~ Edson e Hudson ~
Compositor: Hudson / Larissa


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Sangrando...


Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando

Coração na boca
Peito aberto
Vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando

Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo

Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção

E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força
Pra cantar

Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar

~ Gonzaguinha ~
Compositor: Gonzaguinha


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Desiderata...



Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa, 
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio. 

Tanto quanto possível sem humilhar-se, 
mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.

Fale a sua verdade, clara e mansamente.

Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.

Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito. 

Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: 
isso o tornaria superficial e amargo.

Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.

Mantenha o interesse no seu trabalho, 
por mais humilde que seja,
ele é um verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.

Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas. 
Mas não fique cego para o bem que sempre existe.
Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo.

Sobretudo, não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, 
pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.

Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos 
e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.

Cultive a força do espírito e você estará preparado 
para enfrentar as surpresas da sorte adversa. 

Não se desespere com perigos imaginários: 
muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.

Ao lado de uma sadia disciplina conserve, 
para consigo mesmo, uma imensa bondade.

Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores, 
você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber, 
a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.


Procure, pois, estar em paz com Deus, 
seja qual for o nome que você lhe der. 
No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida, 
conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz.
Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, 
o mundo ainda é bonito.
Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz 
e partilhe com os outros a sua felicidade".

 DESIDERATA - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja, aspiração.

Este texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, Estou enviando esta antiga inscrição
encontrada em uma 
Igreja de Beltimore -EEUU e traduzida por Jehud 
Bortolozzi - o mais interessante é que foi datada de 1.684 (1692). 
Foi citado no livro "Mensagens do Sanctum Celestial", do Fr. Raymond Bernard. 
O texto é de Max Ehrmannn e foi registrado pela primeira vez em 1927. 
Hoje em dia pertence à © Robert L. Bell.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Medo

Mais difícil que ser eu mesma,
É saber sobre quem sou de fato.
Às vezes, quando me pego pensando
Sobre mim mesma
Perco-me nas tantas identidades
Que coexistem dentro de mim.
E meu maior medo
É ser uma fraude para ou sobre
mim mesma.
~ H.Strega ~

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Prova da Existência de Deus - Estória de Meimei

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:
- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.

- Como assim? – perguntou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.

O empregado sorriu e acrescentou:

- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

- Pelos rastos – respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para sair fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:

- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também:

- Pai Nosso que estás nos céus . . .


Do livro: Pai Nosso, psicografia de Chico Xavier, escrito pelo espírito Meimei.
 

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