domingo, 13 de dezembro de 2009

Mas Eu Continuo Só


Estou só...
Meu pensamento vaga distante querendo encontrar alguém.
Não sei o que você faz, tampouco o que está a pensar.
Sei apenas que em meu canto o estou a recordar.
Estou só...
Corpo presente, pensamento ausente, alma sem você.
A chuva cai lenta, pronuncio seu nome com carinho.
Nessas horas só penso em você.
Você, luz do meu caminho!
As plantas molhadas, as flores felizes, pois nem todos os dias são dias de chuva.
E eu... eu só!
Os pingos de chuva escorrem pela janela.
Os vidros embaçados me permitem escrever seu nome, e a saudade aumenta.
Minha alma cala-se, buscando ouvir a sua.
Não sei onde você está, se em casa, se na rua ou com outro alguém...
A solidão me envolve de todos os lados.
Estou só...
Nem consigo imaginar para que lado a minha alma foi você procurar.
Seu nome do vidro se apagou, lá fora a tarde escurece, e de nós, pobres solitários, a vida esquece.
A chuva lava a terra, lava o pó, lava a minha alma e eu relembro tantas coisas boas que vivenciamos juntos...
Mas eu continuo só...
(06/1983)
By Si Arian

3 comentários:

  1. Gostei do texto, muito apaixonado, com sentimentos fortes muito presentes. Parabens mais uma vez Si.

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  2. Minha amiga Felina,
    Obrigada pelo apoio.
    Os textos datados de 83 eram verdadeiros, sentidos no momento da criação dos mesmos.
    Beijos.

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  3. Amei seu texto que vou declamar lá na minha escola posso?

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”
(Antoine de Saint-Exupery).

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
(Voltaire)

"Agradecer o bem que recebemos é retribuir um pouco do bem que nos foi feito".
(Augusto Branco)...

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