Convivência

O exercício mais difícil que existe hoje é conviver com aquelas pessoas que convivem no nosso cotidiano, seja no lar ou fora dele.
A convivência fora do lar é a mais fácil, pois quando termina o tempo disponível com aquelas pessoas do convívio cotidiano, nós nos recolhemos ao nosso lar e, é nele que encontramos os companheiros de jornada que escolhemos para compartilharmos a mesma casa, o mesmo quarto e a mesma cama.
Eu digo, a Arte do Convivio é mais do que Amor. Pois a tarefa mais difícil é compreender e ser compreendido pelo companheiro (a) escolhido (a) por nós.
O ser humano tem a sede de ser reconhecido e amado pelo outro.
É na convivência a dois que reside o nosso maior desafio, pois é aí que aprendemos a amar de verdade, colocando a prova de fogo o verbo amar.
Na convivência do amor a gentileza é o nosso maior dom, pois esse trunfo deve ser praticado diariamente. A rudeza deve ser deixada de lado, pois nas respostas rude, é que geramos a guerra.
A gentileza tem a capacidade de promover a paz, que desvenda a charada da convivência.
Devemos nos lembrar que nas piores tragédias é que encontramos a verdadeira convivência do amor de dois seres. Nesses momentos a gentileza deverá se fazer presente, pelo menos de uma parte se não for de ambos.
Uma palavra ou frase expelida sem pensar, num momento de fúria ou angústia, não deverá ser revidada naquele momento crucial, mas sim quando os ânimos estiverem mais calmos. Nesse momento devemos ser gentis, não é fácil, mas na convivência tudo se supera, tudo se compreende.
Quando julgamos e tomamos ações precipitadas, que sempre causam desastres horrorosos, deixamos de praticar a arte da paciência.
Normalmente quando analisamos a situação calmamente, e deixemos a decisão para o dia seguinte, alcançamos soluções pacíficas. Isso significa controle do nosso equilibrio interno.
Tentar se colocar no lugar do outro, faz com que compreendemos a situação do outro.
Quando esvaziemos nossos ouvidos para absorver o que o outro está dizendo, nesse momento aprendemos a escutar o companheiro.
Quando pedimos desculpas, principalmente quando essa opção for a mais difícil, lembre-se que um dia poderemos ser nós a praticar o dom do perdão.
Sempre que procuramos somente qualidades no outro, percebemos que esse hábito tão simples poderá promover verdadeiros milagres na nossa convivência.
Devemos sempre demonstrar interesse pelo outro... pelo seus sentimentos... pela sua vida!
Quando fizermos justiça, devemos nos esforcar para não ganharmos, pois devemos fazer com que a situação e a pessoa ao nosso lado fique bem. Não devemos tratar as eventuais desavenças como se fossem jogos ou guerras. Lembre-se: não estamos num campo de batalha!
Respeitando as pessoas quando pensam e agem de modo diferente do nosso, estamos respeitando a nós mesmos, pois vamos também querer que respeitem nossas opiniões. As diferenças são verdadeiras jóis raras para todos os seres.
Aceitar as diferenças do outro e saber administrar os conflitos é o melhor que Deus nos concedeu.

By Si Arian