quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Allan Kardec - Aniversário



Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869) foi educador, escritor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita.


O Pseudônimo

O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druídas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".
No 4º Congresso Mundial em Paris (2004), o médium brasileiro Divaldo Pereira Franco psicografou uma mensagem atribuída ao espírito de León Denis em francês (invertida) declarando que Allan Kardec fora a reencarnação de Jan Hus, um reformador religioso do século XV. Esta informação já foi dada em diversas fontes diferentes, o que está de acordo com o Controle Universal do Ensino dos Espíritos, que Kardec definiu da seguinte forma: "uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos - a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares."




Missão de Allan Kardec 

- "A missão dos reformadores está cheia de escolhas e de perigos e a tua é rude, disso te previno, porque é o mundo inteiro que se trata de agitar e de transformar." 
- Espírito de Verdade (Obras Póstumas) -


- “Escrevo esta nota no dia 1º de janeiro de 1867, dez anos e meio depois que esta comunicação me foi dada, e verifico que ela se realizou em todos os pontos, porque experimentei todas as vicissitudes que nela me foram anunciadas. Tenho sido alvo do ódio de implacáveis inimigos, da injúria, da calúnia, da inveja e do ciúme; têm sido publicados contra mim infames libelos; as minhas melhores instruções têm sido desnaturadas; tenho sido traído por aqueles em quem depositara confiança, e pago com a ingratidão por aqueles a quem tinha prestado serviços. A Sociedade de Paris tem sido um contínuo foco de intrigas, urdidas por aqueles que se diziam a meu favor, e que, mostrando-se amáveis em minha presença, me detratavam na ausência.
Disseram que aqueles que adotavam o meu partido eram assalariados por mim com o dinheiro que eu arrecadava do Espiritismo. Não mais tenho conhecido o repouso; mais de uma vez, sucumbi; sob o excesso do trabalho, tem-se-me alterado a saúde e comprometido a vida.
“Entretanto, graças à proteção e à assistência dos bons Espíritos, que sem cessar me têm dado provas manifestas de sua solicitude, sou feliz em reconhecer que não tenho experimentado um único instante de desfalecimento nem de desânimo, e que tenho constantemente prosseguido na minha tarefa com o mesmo ardor, sem me preocupar com a malevolência de que era alvo. Segundo a comunicação do Espírito Verdade, eu devia contar com tudo isso, e tudo se verificou.” 
- Allan Kardec -



Estes cinco livros formam o que chamamos de PENTATEUCO ESPÍRITA.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, 1864 - Fala da religião;
A Gênese, 1868 - Fala da ciência;
O Céu e o Inferno, 1865 - Fala da vida depois da morte;
O Livro dos Médiuns, 1861 - Fala da comunicação com os espíritos; e
O Livro dos Espíritos, 1857 - Fala de tudo isto.




Allan Kardec (1804-1869)

Codificador da doutrina espírita - O educador por excelência e, no dizer de Camille Flammarion, "o bom senso encarnado". Foi escolhido para tão elevada missão justamente pela nobreza de seus sentimentos e pela elevação do seu caráter, tudo aliado a uma sólida cultura e brilhante inteligência. Através das observações dos fenômenos espirituais e auxiliado pela espiritualidade maior, deixou para a humanidade, em pouco mais de uma década de trabalho, todo um conjunto filosófico-científico-religioso a reviver a moral cristã e a responder às questões fundamentais das criaturas: de onde viemos, quem somos, o que fazemos aqui e para onde vamos. Marcado pelo caráter da revelação, O Livro dos Espíritos, dado à luz em 18 de abril de 1857, é o coroamento da missão de Allan Kardec, o até então professor Hippolyte-Léon Denizard Rivail, e representa a mais recente manifestação divina no misericordioso socorro aos espíritos em queda.


A Companheira

A 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet.



Os Últimos Anos

Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores através da Revista Espírita Ou Jornal de Estudos Psicológicos. Faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade, em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de trabalho. Está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Junto ao túmulo, erguido como os dólmens druídicos, Acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei", em francês.
Em seu sepultamento, seu amigo, o astrônomo francês Camille Flammarion proferiu o seguinte discurso, ressaltando a sua admiração por aquele que ali baixava ao túmulo:

“ Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos terrestres. Aos nossos pés dorme o teu envoltório, extinguiu-se o teu cérebro, fecharam-se-te os olhos para não mais se abrirem, não mais ouvida será a tua palavra… Sabemos que todos havemos de mergulhar nesse mesmo último sono, de volver a essa mesma inércia, a esse mesmo pó. Mas, não é nesse envoltório que pomos a nossa glória e a nossa esperança. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espaço. Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra é teatro por demais acanhado. (…) Até à vista, meu caro Allan Kardec, até à vista!

- Camille Flammarion -



Assinatura de Allan Kardec

O mais famoso jamegão espírita - Inteirado de que vivera nas Gálias, no primeiro século da nossa era, como sacerdote druida e que se chamava Allan Kardec, logo o pedagogo Hippolyte-Léon Denizard Rivail incorporou o novo nome, quando do lançamento de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857. Sofreu críticas por isso, a que ele respondeu com elegância e, inicialmente, até com um certo mistério. Descartava a tola acusação de que buscara ocultar a personalidade para fugir ao ridículo e anotava que tinha razões que justificavam a atitude, em face de informações importantes dos espíritos sobre uma significativa encarnação passada. Posteriormente aquelas razões foram tornadas públicas, ao lado da confessada conveniência de que o novo pseudônimo marcasse perfeita divisão entre os dois momentos de sua vida e de suas idéias. O nome Allan Kardec ultrapassou as fronteiras religiosas francesas e ganhou a celebridade universal, com o jamegão inconfundível

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